Ler on-line | Download O professor e pesquisador Thiago Soares lança a segunda edição, virtual e ampliada, de “Ninguém é perfeito e a vida é assim”: a música brega em Pernambuco (2021) em que une a escrita jornalística à acadêmica para debater sobre o brega pernambucano, de modo que analisa a música, a moda, estilos e demais aspectos culturais e sociais desse gênero popular híbrido. Na nova edição reconfigurada, foi acrescentado o capítulo “No dia Bregafunk, a racialização do brega”. …
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Ler on-line | Download Publicada em 20 de outubro de 2020, atualizada em 21 e 24 de outubro de 2020, com nova versão da transcrição da seção Entrevista com biarritzzz. Outros Críticos Ano V Edição 15 Outubro de 2020 Tema da edição: Políticas do som e imagem Kaýto:artista convidado Gê Viana:colaboradora Mayara Bezerra:pesquisadora convidada Abiniel João Nascimentopesquisador convidado Carlos Gomes:edição e redação Fernanda Maia:projeto gráfico, diagramação e entrevista GG Albuquerque:texto Priscilla Buhr:ensaio fotográfico Rodrigo Édipo:assessoria de imprensa Incentivo Funcultura-PE Esta…
Foto de capa: Turunas da Mauricéia. Anúncio no Correio da Manhã (RJ), 06 de fevereiro de 1927. O período compreendido entre 1927 e o início da década de 1930 é certamente um dos mais complexos e decisivos para a história da música brasileira registrada em discos. É um momento marcado pela aposta da indústria cultural na absorção e divulgação de um espectro mais amplo da imensa diversidade estética brasileira, como também pela expansão do alcance territorial e das possibilidades técnicas…
Sambas Do Absurdo é o resultado do encontro de três artistas centrais na música popular brasileira contemporânea, cada um deles, a seu modo, renovadores da linguagem da canção em nosso país. De modo esquemático, identificarei assim o papel de cada um neste trabalho: o compositor Rodrigo Campos, o produtor Gui Amabis e a intérprete Juçara Marçal. Criadores de muitos recursos, naturalmente seus papéis se cruzam e se misturam ao longo do disco, mas valho-me dessa classificação para melhor elencar as…
Não boia a carniça na superfície do mar, em cujo fundo permanecem as pérolas? Excerto do “Livro das Mil e Uma Noites”1. 10:38. O sol perfazia sua inexorável jornada em direção ao zênite num céu do mais puro azul. Lá do alto, o astro-rei despejava implacavelmente sobre Olinda todo seu esplendor luminoso e parecia zombar da agonia daquelas risíveis criaturas que lá embaixo enfrentavam o calor de sua força no vai e vem das ladeiras. Do meu ponto de vista,…
“Estamos nos aproximando cada vez mais de um som-ruído”, escrevia Luigi Russolo, ainda em 1913, em seu manifesto “The Art Of Noises”. Para o pintor e compositor futurista, as máquinas da revolução industrial trouxeram com elas o ruído para o espaço sonoro: “Não somente na atmosfera estrondosa das grandes cidades, mas também no campo, que até ontem era normalmente silencioso, as máquinas hoje criaram tanta variedade e concorrência de ruídos, que o som puro, na sua exiguidade e monotonia, não…
“Como procurar fendas numa sociedade que se tornou um programa de computador? Como desprogramar essa máquina?”, se pergunta Leonardo Gonçalves, o Negro Leo, em entrevista ao Canal Curta! Sobre seu novo disco, Niños Heroes. A Terra parece lenta demais para o computador. Enquanto a ebulição do “mistifório das velocidades sexuais” e das “velocidades rápidas cheias de nexos policiais” proliferam fenômenos e seres híbridos, que embaralham os polos de natureza e cultura e cronologias, a modernidade persiste em seu trabalho de…
“Ninguém é perfeito e a vida é assim”: a música brega em Pernambuco (R$ 15, 190 p.), de Thiago Soares – Professor do Programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCom) e do Departamento de Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), é uma oportunidade de conciliar, em uma única obra, as diversas camadas que o brega recifense e pernambucano descortina, se observado com atenção: a trajetória de artistas das periferias do Recife, sexualização, os subgêneros musicais do brega, as referências pop,…
“Ioiô moleque maneiro vem lá do Salgueiro e tem seu valor. Ele toca cavaco, pandeiro e no partido alto é bom versador.” Os versos de Cesar Veneno, apesar de elogiosos, não dão conta do gênio de Almir Guineto. Vale a pena acompanhá-lo na “segunda” (como nos referimos à estrofe nos meios pagodeiros): “Foi num samba pra frente que eu vi um valente versar pra Ioiô Mas ele estava indecente deixando o malandro de pomba rolô.” Almir Guineto (derivação do apelido…
Em 1922, com a chegada dos Turunas Pernambucanos à cidade do Rio de Janeiro, inicia-se a segunda onda de música nordestina a tomar conta do Sudeste do país: uma consequência direta do sucesso e influência de artistas como João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense no ambiente cultural carioca, desde a primeira metade dos anos 1910. O auge desta onda se dá entre os anos de 1927 e 1929, com a chegada à capital federal de mais dois conjuntos igualmente…
Este texto é o primeiro de uma série de oito artigos que propõem o levantamento de uma discografia da música produzida por compositores e intérpretes nordestinos, partindo da fase inicial da indústria fonográfica brasileira, em 1902, e chegando até o final do século XX. Não se trata de uma lista de “melhores discos”, nem mesmo de uma discografia técnica e definitiva sobre o tema – o que seria dificílimo, ou mesmo impraticável, com o espaço e os recursos disponíveis em…
O Grupo Bongar é formado por Guitinho da Xambá (voz principal e pandeiro), Memé da Xambá (congas, ilú, pandeiro, gonguê e vocal), Nino da Xambá (alfaia, abê, ilú, pandeiro e vocal), Beto da Xambá (pandeiro, ganzá, gonguê, ilú e vocal) Thúlio da Xambá (caixa, alfaia, ilú e segunda voz) e Neta da Xambá (abê, pandeiro, gonguê, ilú, alfaia e vocal). Nessa entrevista com Guitinho, no Centro Cultural Grupo Bongar Xambá, em Olinda, pudemos aprofundar algumas questões presentes na trajetória de…