entrevista: Nelson Veras [parte 2]

[acesse aqui a parte 1 da entrevista]

F – O que tens estudado atualmente?

N – Eu tenho impressão de passar a vida tentando descobrir como estudar bem, sabe. Ultimamente, como eu quebrei o dedo, eu não queria compensar. Porque com um dedo a menos você fica querendo compensar, achar um esquema de sobrevivência e depois o dedo volta a funcionar e você não consegue mais se livrar desses cacoetes. O que eu fiz foi que eu tirei um monte de solo, coisa que eu não faço muito, mas eu tirei um monte de solo: Lee Konitz, Joe Henderson, Allan Holdsworth, John Coltrane, Charlie Parker, muitos.

F – Foi mesmo? Com qual objetivo? E o que você achou mais interessante em tirar solos depois de tantos anos?

N – Apenas para variar o estudo e não ter que criar conteúdo. Como eu não faço isso há anos, achei que poderia ser uma boa hora para ter uma mudança, não estudar sempre a mesma coisa. O ouvido fica em boa forma. Você ouve bem. Outra coisa é fraseado. Você tocando junto com o solo você aprende coisas que com teoria você não aprende. Assim como quando a gente aprende a falar, ninguém dá a gramática da língua para um bebê e de repente ele começa a falar porque entendeu a gramática. Tem o aspecto empírico de mimetismo. E eu acho que tem coisas na música que não tem como você teorizar, você tem que sentir para saber do que se trata. E copiar fraseado, tirar solo e ter que tocar junto com o disco são atividades que acrescentam nesse sentido. Até no lado fisiológico, da relação com o cérebro. O seu dedo acha soluções porque você está realmente ouvindo. Conexões que não dão para teorizar. E isso não é incompatível com conceitualizar. Acho que se você só tirar solo de repente não é uma boa ideia, você pode acabar nunca questionando nada no lado conceitual. É bom equilibrar. Eu numa época não queria tirar solo por medo de perder identidade. Mas com o tempo eu vi que isso era um absurdo, porque se for para ter uma identidade frágil assim, é melhor não ter. Ignorar tanta coisa que foi feita, só por que você tem que se colocar em uma bolha por que você quer ter uma identidade. Acho meio superficial, até meio bobo. E outra coisa é que quando você tira solo, tua interpretação é única. O que você vai aprender às vezes não tem nada a ver com o solo em si. Tem a ver com o como você vai interpretar, desenvolver. Às vezes uma frase pode te dar mil ideias.

F – Dentre esses que você tirou, terias algum exemplo a dar? Percebestes algo especial? Seja ritmicamente, no fraseado ou a colocação no espaço.

N – Várias coisas. Uma é a diferença de fraseado entre cada um. E também o lance de que quando tem um acorde, uma frase, a maneira de lidar com a harmonia não é tanto: “tal acorde, tal escala ou tal acorde, tal frase”, eu acho que é mais orgânico. Não é tanto “tem notas que você pode tocar quando tem esse acorde, e tem notas que você não pode tocar”. Não que eles tenham estilos atonais, você ouve a harmonia clássica. Mas tem sempre uns detalhes reveladores. Dá a impressão de que eles pensam mais por grupos, que a pulsação não é sempre pequena. Tem vezes que eles vão pensar em pulsação longa, de dois compassos. O tempo varia a maneira de frasear. Outras vezes ele vai ser bem preciso, com as subdivisões todas. E depois vai ser mais largo. Como se a pulsação fosse dividida por quatro. Como se um tempo rápido você pudesse pensar em balada. Pontos de apoio. Charlie Parker toca sempre as mesmas frases, mas o ritmo é sempre diferente. Segundo as frases que ele toca você pode saber até em que tonalidade ele está. Tem frase que ele só toca em tal tonalidade. Mas depois, como ele fraseia é que é todo o lance. Ele nunca começa da mesma forma. É interessante. Parece realmente com alguém falando, contando uma história. Ele tinha muito isso. É incrível. Muito influenciado também por sapateado, pelo que eu ouvi dizer.

F – E Allan Holdsworth? Ele é o mais curioso…

N – É mais curioso mesmo. Eu nunca fiz, então queria saber. É massa, mas é bem diferente. É tudo bem preciso, parece uma máquina. Uma máquina fantástica. Mas o fraseado não tem nada a ver. É tudo bem costurado. Tem muito sistema. Então para tirar é interessante pois você pode desenvolver. Ele usa muito “pattern”, simetria, essas coisas. É bem visual a maneira que ele toca. Tem um monte de desenho. Mas tem muitos. E ele toca muito rápido. Eu não consegui seguir a velocidade não. Acho que ele foi o único que não consegui tocar no tempo normal.

FL – Mais recentemente você começou a dar mais aulas. Como tem sido isso de virar professor, tu tens algumas pedagogia ou método?

NV – Não. Eles me deixam bem livre e eu dou duas horas por semana. O que eu estiver estudando no momento eu posso levar lá e estudar com eles. Eu dou aula para oito guitarristas. Mas não é com início, meio e fim. É mais para eles terem contato com outras informações. E eles também são livres para guiar a aula como eles quiserem com as perguntas, para discutir. Às vezes eu toco com eles, às vezes eles tocam entre si, às vezes a gente toca de forma circular. Eu dou sugestões, às vezes trago uma música. Mas é sem um método.

FL – Um dos primeiros trabalhos que escutei teu era o Trio O. Ele ainda existe? Como funciona esse grupo?

NV – Existe mas toca pouquíssimo. A gente não ensaia. É Toma Goudand (percussão) que traz as músicas, mas a gente termina só improvisando e não tocando nenhuma. Mas ele acha massa, ele diz que as músicas são só para dar uma inspiração mesmo. Porque é muito complicado, ele faz uns desenhos bem complexos e nunca dá tempo da gente entender o que ele quer dizer com a composição. Aí terminamos improvisando.

FL – Você tocou com alguns dos principais saxofonistas que estão por aí: Steve Coleman, Greg Osby, Gary Thomas, Mark Turner, Bo Van der Werf, etc. Por exemplo, talvez você seja um dos poucos músicos que tocou com três dos saxofonistas que estavam no começo do M-Base (Steve Coleman, Greg Osby e Gary Thomas). Como foi a experiência de tocar com cada um desses? O que é diferente? Como é para acompanhá-los? Um que toca com patterns, o outro sistemático. Como é para o violão entrar? Por exemplo, na música de Steve Coleman que é mais rítmica, com ciclos, como é?

NV – Tanto em relação à Steve Coleman quanto Gary Thomas o principal é que são pessoas que eu ouvi bastante quando era mais jovem. Então às vezes o fato de tocar com eles fica de início meio esquisito, por causa da admiração. Steve é bem metódico, ele é bem rigoroso. Acho que é o músico mais rigoroso que eu já vi. Do tipo que faz planos a longo prazo e tudo. E não deixa nada passar. É muito ansioso com o tempo, ele quer aproveitar ao máximo o tempo. Gary Thomas é meio que o oposto. Ele nem liga para carreira nem nada, ele arrumou um posto de professor. Mas nem sei se é mais professor, ele nem estava muito mais afim de tocar. E com Greg Osby eu só fiz uma turnê com um grupo polonês. Eu acho que ele é uma mistura dos dois. Ele é rigoroso mas não tanto quanto Steve. Ele é mais intuitivo, mais caótico talvez. Mas são bem diferentes entre si. Gary Thomas por exemplo tem memória dos patterns, ele decora códigos. Acho que foi até recrutado pelo exército uma época por causa dessa habilidade… e ele toca meio assim, eu acho. No estilo dele parece que ele mistura facilmente as notas de uma forma combinatória. Quando eu toquei com Gary Thomas e Greg Osby a música era de um saxofonista polonês Adam Pieronczyk, era a banda dele, e a música não era difícil. Então era bem livre, a gente podia tocar como a gente quisesse. Mas Steve Coleman a música é bem complicada, então é bem diferente. Você tem que realmente estudar as músicas, mas não só as músicas, tem que estudar todo o sistema rítmico dele. Você tem que se acostumar. Ter consciência de que você vai soar mal durante vários shows e que quando você começar a se sentir bem ele vai mudar tudo. Mas é super interessante, você aprende para caramba. Ele é incrível.

FL – E o Mark Turner? E o Bo Van der Werf?

NV – Teve uma época, uns 10 anos atrás que eu cheguei a tocar bastante com Mark Turner num grupo francês. Eu fazia muitas perguntas. Ele é mais harmônico, ele toca quase como se fosse um pianista. Ele vai quase que soletrando os acordes, fazendo contrapontos. Ele é bem diferente também, é uma outra linguagem. É difícil de acompanhar pois ele tem um ouvido tão preciso que às vezes você fica com medo de colocar o acorde errado, ou um voicing que não casa com a frase que ele está tocando. Mas às vezes é a maneira de abordar o acompanhamento. Às vezes você pensa em algo que não tem nada a ver, textura. Você não precisa pensar só em notas. Você tem que pensar de um outro jeito para acompanhar. Às vezes quando você quer acompanhar é que você acompanha mal, pois você meio que acaba entrando no caminho do cara. De repente você pode pensar mais em uma via paralela ou em um contraponto. Ou uma coisa que não tem nada a ver com o que o outro está tocando, mas que seja complementar, pode ser mais interessante do que colocar o acorde ideal, pois você sempre vai chegar atrasado. O Bo também era uma música bem específica. Era a música que ele escreve com os modos de Olivier Messiaen. E ele tem um estilo onde ele meio que sobrevoa a música. Ele fica numa realidade paralela quando ele toca, em uma outra dimensão. É outro estilo. Aí você não precisa colocar o acorde certo, é mais textura.

FL – Outra coisa interessante é que tu trabalhas muito em duo. Tem com bateria, com saxofone, trompete, guitarra, fender rhodes, violão, baixo… Por exemplo, como é o duo com o baterista Stephane Galland?

NV – A coisa de duo é porque com o violão quando mais alto você toca, pior o som. Tem muito a ver com isso. Eu acabo preferindo tocar em formatos com menos gente, ele não aguenta muita densidade ou volume. Com o Stephane a gente toca pouco, mas nos conhecemos há muito tempo. A gente tem muita afinidade, principalmente em tudo que é rítmico. De vez em quando estudamos juntos, temos muita semelhança na maneira de abordar o ritmo.

FL – Mas por exemplo, o que muda tocando com ele, ou Alexandra Grimal (saxofones), Jozef Dumoulin (piano/fender rhodes) ou Thomas Morgan (baixo)? Já que são instrumentos bem diferentes.

NV – Rapaz, eu juro que eu não tenho nada muito consciente, sempre é diferente. Sabe o que falei de estar conversando com alguém? É a mesma coisa. Você não chega antecipando como você vai agir, na hora você vai se adaptando, ou não. Às vezes você acha que rola, e não rola, outras que não rola, e rola. Assim, às vezes você tem que ser um pouco cético com a percepção que você tem. Muitas vezes você acha que foi horroroso, mas isso é sempre baseado em um critério meio que do passado. É difícil, na verdade. O lance de você se adaptar a um musico é um caminho como um outro qualquer. Se você fizer algo que às vezes não cola junto é outro tipo de som. Se você estiver completamente colado é outro tipo de som. Acho que não é nem pior ou melhor, cada maneira de abordar vai provocar outro tipo de música. Não tem moral. Não é bom nem ruim.

FL – Mas você acha que o instrumento – se é no caso bateria, baixo, piano ou saxofone – muda tanto? Ou é o músico?

NV – O músico é o mais importante, claro. Mas a instrumentação muda dependendo de como você aborda o som. Eu sempre fui muito informativo na maneira de tocar, eu nunca fui muito sensual. Nunca fui de lidar muito com timbre ou ter mil sons na guitarra. Não é que eu seja insensível a isso. Mas tem tipos de músicos que são muito mais sensíveis ao fato que um contrabaixo vá soar diferente que um piano. E tem tudo a ver. Você não vai tocar da mesma forma, vai ser outro tipo de frequência. Mas eu, na verdade, sempre fui mais do tipo que lida com informação do que com timbre. Meu estilo é mais informativo. Não quer dizer que foi de propósito. No entanto, eu sempre lidei de uma maneira que tanto fazia se é um baixo, se é uma bateria, o que importa é quem está tocando. Eu te falei, não é? Por exemplo, quando Magic Malik não podia tocar no meu grupo, eu nunca pensava em achar outro flautista. Não tem nada a ver com a flauta na verdade. Quando ele não podia fazer um show eu sempre pensava que tinha que achar outro músico, poderia ser trompete, saxofone, o que fosse, até guitarra. O que eu curtia nele eram as ideias, eram mais as ideias do que o fato de ser uma flauta. Mas hoje em dia eu até entendo mais esse lance dos instrumentos, na verdade tem a ver.

FL – Isso é interessante também pois os dois últimos discos que saíram com teu nome são duos. O penúltimo com Airelle Besson (trompete) e o último com Jonathan Kreisberg (guitarra).

NV – Mas esses dois discos, apesar de serem em duo, são quase um disco deles, na verdade. Eles que escolheram todas as músicas, eles organizaram tudo, estúdio etc. É um duo porque são dois músicos. Isso não quer dizer que eu esteja renegando, mas é quase como se fosse um disco deles. Para tocar com duas guitarras é mais fácil, pois tem alguém que te acompanha. O Jonathan é mais jazz, digamos, ele é mais próximo dessa linguagem de standards. Com a Airelle eram mais as composições dela, ela tem uma estética dela. É bem diferente nesse ponto. Agora os dois têm semelhanças também, porque eles são bem organizados. São dois músicos bem organizados. E isso não é pejorativo. Não é tipo chegar e: “o que a gente vai fazer? Vamos ver…”. É mais tipo: “nós vamos tocar isso e isso, desse jeito”. É engraçado porque eu não sou nem um pouco assim, então vai ver que inconscientemente eu vou procurando um complemento.

FL – Com o Jonathan por exemplo, como foi gravar em Nova York? E depois, vocês tocaram um pouco?

NV – Foi massa, mas a gente perdeu muito tempo com filmagem, e a gente terminou tendo que gravar tudo em um dia. Tivemos que acelerar tudo. Eu também tive que me acostumar com o violão que Gene Bertoncini me emprestou muito gentilmente. Fizemos uma turnê em março (2018) e vamos fazer outra em outubro (2018).

FL – E os teus discos? Você tem três, um solo, um em trio e um quarteto. Começando pelo de trio, onde tem umas músicas tuas, uns standards, uma música de Schumann. Como foi essa por exemplo? E as tuas composições? Você se obrigou a compor para esse disco?

NV – Foi ideia de Stéphane Galland. No estúdio ele trouxe a ideia e a gente experimentou. Eu tentei ler a partitura, não consegui, aí eu preferi tirar de ouvido. Stephane foi colocando para eu ir tirando, e na hora de improvisar eu não ia conseguir mesmo, aí o Thomas Morgan começou a interpretar e eu achei que seria uma boa a gente ficar interpretando a melodia e ele ficar mais livre. E ficou esse lance meio de transe e meio longo. Eu achei uma boa, a ideia era ficar meio hipnótico. Inner Urge a gente tinha feito um arranjo com Stéphane, e os outros standards eram pretextos, terreno de jogo para improvisar. Poderia ter sido “Atirei o Pau no Gato” pois não é que eu ame Take the Coltrane, acho que é mais pelo pretexto mesmo. O tema dura tão pouco, não tem nem dez segundos. Sim, me obriguei a compor. Eu não gosto muito de compor. Não sei fazer escolhas. Na verdade, eu improvisei, gravei e depois tirei uns temas das improvisações. Tirei e reorganizei. Talvez um ou outro não, mas a maioria eu reestruturei.

Cees van de Ven

FL – E o disco solo? Onde tem arranjos de música brasileira e standards e cujo subtítulo é “Volume 1”. Você pensa em continuar? Pois, por exemplo, Miles Okazaki lançou um solo com todas as músicas de Monk. E na hora que eu vi eu pensei no teu disco que é Volume 1.

NV – Aí é que está. O solo não tem arranjo na verdade. São também pretextos, mas com outros temas. E foi gravado em casa, bem informal. Eu gravava de vez em quando uma música ou outra, sem pressão. Eu ia jogando fora a maioria das coisas e um amigo meu veio me ajudar e me obrigou a não apagar tudo que eu gravava. “Peraê meu irmão, deixa aí, depois você apaga”. Hoje em dia pelo menos é fácil de fazer. Você não precisa ir no estúdio. Ele deve ter gravado na casa dele, ele não foi setenta vezes no estúdio. Eu poderia fazer um disco por dia. Eu acho que o Noël Akchoté, guitarrista francês, faz um disco por dia. E lança logo. Ele grava de manhã, faz a capa final da tarde, mixa e lança.

FL – Tem alguém de jazz ou música improvisada que tu tenhas escutado esse tempo? Alguém que tu tenha descoberto ou esteja redescobrindo?

NV – Redescobrindo sempre. Agora descobrindo… atual? Atual eu estou meio por fora, tem tanto músico… Mas outro dia eu ouvi Paul Bley com Gary Peacock em duo. É massa. Eu já conhecia, mas fazia muito tempo que não ouvia. E o último show que vi foi o Billy Hart com Ethan Iverson, Joshua Redman e Ben Street, foi massa. Eu também estive recentemente na Hungria, fui gravar lá o disco de um baixista, e um dia vimos um show de uns velhinhos tocando, foi muito bom: cimbalom, violino e contrabaixo com arco. Só baladas, meio sem ritmo, meio rubato. Incrível.

FL – A primeira vez que fui na tua casa fiquei impressionado com a tua estante de romances e literatura em geral. E sempre que fomos assistir um som tu estavas com um livro. Qual a tua relação com a literatura em geral? Você acha que isso influencia diretamente na música? O que tens lidos atualmente?

NV – Com certeza. Mas eu não leio para que isso me influencie na música. Mas como a gente não sabe de qualquer jeito o que que a música é… com certeza me influencia. O lance de ler eu tenho impressão que é muito de descobrir coisas que eu não sei. Milhares de coisas que eu não sei. Às vezes você pode estar tentando reinventar a roda e não percebe, pois já pensaram o que você está pensando milhares de vezes. Você pode achar que teu questionamento é original, e às vezes pode até ser, mas vale a pena conferir… Gosto da sensação de não saber muita coisa. Vou lendo e esquecendo também, às vezes relendo. Eu estava lendo Voltaire, Platão, John Stuart Mill. Mas agora coloco tudo no kindle e fico passando de um livro pro outro. Fico períodos sem ler também, assisto séries, documentários, podcasts…

FL – Hoje em dia tem algum grupo que você chama de teu? Ou algum projeto? Tens tocado solo?

NV – Não. Tem um show solo que eu fiz de tudo para recusar, mas o organizador insistiu e acabei aceitando. Eu ainda não sei tocar solo, ao menos de uma maneira relaxada.

FL – Uma última é, quantas vezes você tocou no Brasil?

NV – Pouquíssimo. Devo contar em uma mão.

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Fred Lyra Escrito por:

Musicólogo e doutorando em filosofia na Universidade Lille 3.

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