
A mais nova exposição do artista Raoni Assis terá guarida n’A Casa do Cachorro Preto, em Olinda, sua morada obra de arte. Como companhia para essa abertura, o músico Juliano Holanda lançará o seu primeiro disco solo, A arte de ser invisível.
A exposição “Mancomunado” reúne desenhos e pinturas e será aberta nesse domingo, 02 de junho, às 17h. O último trabalho de Raoni ocorreu durante o Festival Internacional de Poesia do Recife, na Anti-homenagem a Jomard Muniz de Britto. O artista também é autor do curta Hotel do Coração Partido. Dentre os diversos trabalhos de Raoni, o cartaz oficial do Recife para a Copa do Mundo 2014 é um dos destaques.
Os trabalhos de Raoni abusam das cores para consagrar esteticamente a aproximação entre o homem e a cidade. Ambos em êxtase e angústia para a transformação caótica que inunda tudo à sua volta. A caracterização das personagens admite o recorte e o detalhe que surpreende numa segunda vista. Os desenhos de Raoni precisam sempre de repetidas segundas vistas .
Ele utiliza “papel e superfícies alternativas como madeira e acetato, com as mais variadas técnicas (posca, aquarela, nanquim, grafite, esferográfica e pirógrafo)” na criação de suas obras. “Mancomunado” será a sua 7ª exposição individual, além das inúmeras coletivas que o artista já participou.

Depois de aberta a exposição, será a vez de Juliano Holanda debutar com o seu disco solo. O show será às 19h e o músico será acompanhado por Isadora Melo (voz), Areia (baixo), Zé Manoel (teclado) e Gilú Amaral (percussão).
No site deezer.com é possível ouvir gratuitamente o disco mediante um cadastro (há um limite de audições). O disco está sendo vendido na Passa Disco.
O álbum contempla inúmeras parcerias e evidencia como a obra de Holanda cabe em diferentes vozes. “Karma Sutra” abre o disco com a voz confessional e direta do compositor Juliano Holanda. Como destaque (em primeiras audições), as faixas “Ouriço” (part. de Jam da Silva e Marion Lemonier), “Horizontal” (part. de Siba) e “Na primeira cadeira” (part. de Ceumar) reforçam a existência dos múltiplos parceiros de A arte de ser invisível como condição estética para a afirmação das canções e suas vozes, distintas por excelência.
Com o lançamento desse disco, Juliano amplia o seu repertório de criação, já que faz parte da Orquestra Contemporânea de Olinda e das bandas Wassab e Azabumba. Talvez seja cedo para afirmar (certamente é), mas esse novo trabalho, se não supera, no mínimo iguala em qualidade aos trabalhos mais antigos. No mais, resta aguardamos pelo show e esperar as “soluções estéticas” que Juliano e sua banda encontrarão para suprir a ausência de tantos bons parceiros.
por Carlos Gomes.
SERVIÇO
Domingo, 02 de Junho
17h – Raoni Assis – Mancomunado – Abertura da Exposição
19h – Lançamento do CD A arte de ser invisível por Juliano Holanda
participação DJ Ravi Moreno
A Casa do Cachorro Preto
rua 13 de maio, 99 – Cidade Alta – Olinda – PE
Entrada franca
Em exposição até 30 de Junho
De Quinta a Domingo
Das 16h às 21h
E também por agendamento
Sua primeira composição registrada em disco foi Peleja (parceria com Breno Lira), pelo Treminhão, no disco homônimo de estreia do grupo de 2005. Na faixa, Juliano faz uma participação tocando viola de cocho. No armazém foi o primeiro tema de Juliano registrado por um outro artista no qual o autor não participou da gravação. Está em Peso leve (2008), o quinto álbum solo do cantor Geraldo Maia, parceiro da composição.