O projeto de crítica cultural Outros Críticos, idealizado pelo editor Carlos Gomes e a designer Fernanda Maia, completa 10 anos de atividades em 2018. Para comemorar essa data, lançaremos em setembro o livro O outro é uma queda (Vários Autores, Outros Críticos, 2018, R$ 35,00, p. 240), que reúne textos inéditos de Fabiana Moraes, Bernardo Oliveira, Carol Almeida, Priscilla Campos, GG Albuquerque, Marcelo Coutinho e Amanda Coutinho, além de textos de mais 30 autores que já passaram pelos diferentes projetos…
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por Outros Críticos. Vídeo sobre o ano I da revista Outros Críticos, que durante 2014 lançou seis edições bimestrais de sua publicação com participação de músicos, jornalistas e pesquisadores. Além dos debates gerados pela revista, o projeto ‘dois sons’ era vinculado ao lançamento com entrevistas de músicos dentro da revista e gravação inédita em parceria entre os artistas e bandas convidadas. Todas as edições da revista e do Dois Sons estão disponíveis no site. A publicação estreou em junho de…
por Outros Críticos. Estão no ar para leitura on-line e download gratuito todas as seis edições da revista Outros Críticos lançadas em 2014. Com exceção da edição de janeiro, todas as demais edições podem ser compradas em sua versão física através do endereço: http://loja.outroscriticos.com/ A primeira edição do ano II da revista será lançada nesta semana, com presença da equipe, artista visual convidada, colaboradores e entrevista mais apresentação musical da Spok Quinteto. A pré-venda dos ingressos (com direito a edição…
por Carlos Gomes. A escolha dos artistas anunciados na programação do Carnaval do Recife em 2014 revela a mediocridade dos que se utilizam do poder de escolha para demarcar territórios, alimentar equívocos e ter na falta de transparência e critérios a sua marca curatorial. Quem acredita que houve uma leitura e audição do material entregue pelos artistas habilitados, na lista divulgada anteriormente? Agora, tendo em vista a programação quase oficial, já que provavelmente a pressão de alguns artistas que ficaram…
por Júlio Rennó. O que faz o crítico musical senão escolhas. A extensão dessa premissa naturalmente se estende às mais diferentes atividades do meio cultural. Todos os setores são imbuídos por preferências. No entanto, a prática do compadrio permanece como nódoa nas relações de trabalho. Uma coisa é você estabelecer relações com amigos, parentes ou quem quer que seja, e ir galgando conquistas, desenvolvendo novas parcerias etc. Logicamente não há nada de mal em um produtor, crítico ou músico trabalhar…
Sempre torci o nariz para as críticas musicais ou reportagens que atribuíam sempre às mulheres, fossem elas também compositoras, guitarristas, violonistas, arranjadoras etc, a categoria de Cantora, como se cantar resumisse a trajetória artística delas. Músico para os homens, Cantora para as mulheres, e entre uma e outra afirmação, diferentes nuances eram perdidas. Tenho ouvido intensamente – e repetidas vezes – os discos Embalar, de Ná Ozzetti, e Todo Calor, de Isaar. O álbum de Ozzetti acaba de sair e…
“Pessoas que se enquadram cegamente no coletivo fazem de si mesmas objetos materiais, anulando-se como sujeitos dotados de motivação própria” – Theodor Adorno Nunca entendi muito bem a fixação de Roger de Renor com o termo indie, sobretudo pelas variações da palavra, como indieota, que ele usava em tom debochado em alguns dos programas do Sopa Diário. Outra variação do termo, que aprendi com o colunista parceiro aqui do site Outros Críticos, Jeder Janotti Jr., é o indiegesto. Ambas as…
por Júlio Rennó. “Há cada seis meses O Globo descobre uma nova cena no Recife” – Barbara Woolfer – Revista de Cinema De antemão, peço desculpa aos leitores por tratar mais uma vez sobre o tema cenas musicais. A culpa toda é do editor deste site, que me incumbiu da tarefa de escrever uma coluna, especialmente para a revista que sairá em janeiro, com o seguinte título: “Guia prático para a crítica cultural: Cena Beto”. Como me encontro num retiro…
“O papel do analista é o de observar à distância, para tentar compreender e explicar como funciona a máquina de fabricar sentido social, engajando-se em interpretações cuja relatividade deverá aceitar e evidenciar. Apresentar como verdade absoluta uma explicação relativa e acreditar nela seria arrogância. Fazê-lo sem acreditar seria cinismo. Entretanto, entre arrogância e cinismo, há lugar para uma atitude que, sem ignorar as convicções fortes, procure compreender os fenômenos, tente descrevê-los e proponha interpretações para colocá-los em foco no debate…
Por ocasião do lançamento da coletânea musical do festival A noite do desbunde elétrico, organizada por músicos que compõem a recém batizada Cena Beto [sic], o músico Glauco César II fez o seguinte comentário sobre a composição de sua faixa presente na coletânea: “A música ‘Perigo no lixo’ surgiu depois de uma tentativa de divulgação de shows da banda por e-mail. Percebi que todos os e-mails enviados estavam indo para a lixeira dos destinatários. Comecei a sentir que estávamos entrando…
Dos últimos cinco shows que você assistiu, quantos deles cobravam ingresso? A depender do local onde você mora e se houve alguma data festiva no período, o resultado pode variar. Para o contexto cultural em que estou inserido, comparecendo a shows em Recife e Olinda, não poderia afirmar com segurança que o número de shows gratuitos é bem maior que os com bilheteria. Não possuo essa estatística. Mas respondendo à pergunta que abre essa coluna, chego ao resultado de 3 a…
Lendo textos que citam Will Straw, autor de artigos e livros sobre cenas musicais, retiro de suas ideias uns pequenos recortes, como: “construção de alianças musicais”, “fronteiras musicais” e “cultura musical”, para compor breves apontamentos sobre a construção de cenas locais. É sabido que a união de músicos, quando há verdadeiramente um interesse artístico mútuo, só tem a enriquecer artisticamente a quem se envolve e se deixar levar para fora de seu habitat estético natural. As fronteiras musicais que supostamente…
Geralmente, quando há uma crítica sobre a indústria cultural ou a cadeira produtiva da música, nunca o artista ou um grupo artístico são colocados em foco de um debate construtivo (ou mesmo destrutivo). Produtores, técnicos, editais, críticos, instituições privadas ou públicas e curadores são os principais alvos desse tipo de embate crítico realizado por produtores, consumidores, distribuidores e jornalistas da música em forma de textos, vídeos e bate-papos em mídias alternativas e estabelecidas. É preciso perceber que o músico constitui…