No faroeste No Tempo das Diligências, de John Ford, um médico bêbado, após fazer um parto inesperado em pleno deserto do Arizona, afirma: “O novo é sempre mais bonito!”. Cenas musicais e movimentos culturais são forças de um jogo permanente em que há estabilizações, questionamentos, releituras e reconfigurações de quem veio, passou ou continua na área. A história do rock é um constante processo de “incorporação” e “excorporação”. Será que alguém acredita que os Rolling Stones podem, hoje, produzir algum…
Tag: crítica cultural
A nossa conversa com o jornalista, produtor e crítico musical Bruno Nogueira, partiu de suas experiências anteriores como crítico na imprensa local. A partir disso, os temas que circundam a indústria cultural, internet, crítica cultural e consumo de música também entraram em pauta, bem como a tese de doutorado “GoWith The Flow”: a nova crítica de música a partir do fluxo fragmentado de mensagens nos sites de redes sociais, em Comunicação e Cultura Contemporânea, que o autor realizou na Faculdade…
Na próxima semana lançaremos uma nova edição on-line da pq?, que reúne ensaios, entrevistas, artigos e resenhas nas áreas principais de música e literatura. A 5ª edição irá ao ar no dia 02/08/2013, às 19h, em noite de lançamento realizada na Livraria Saraiva do RioMar, com debate sobre curadoria nas áreas de música, literatura, cinema, artes visuais e artes cênicas, cujo o assunto é matéria de capa da revista. Os colaboradores da edição de agosto da pq? serão os convidados para o debate,…
Para quem está longe dos (Ar)Recifes, parece que nosso universo musical está restrito ao frevo do carnaval, ao patrimônio Mangue e aos três grandes festivais que marcam o calendário “turístico-musical” da cidade: Abril Pro Rock, Coquetel Molotov e Rec Beat. Recentemente, tivemos a abertura de nosso ano sazo-musical: o Festival Abril Pro Rock. Apesar do nome, o evento consegue unir roqueiros, popeiros e indie(gestos). Como é useiro e vezeiro no Recife, há um clima de bochicho numa crítica à curadoria…
(um breve apontamento sobre o fazer crítico escritural) o trato com obras de arte, sim, pois acredito fortemente que a música seja de uma outra ordem que não a do puro entretenimento (ainda que também lhe caiba esse papel na medida em que não devore toda a potência da experiência estética frente à necessidade neurótica do receptor), merece atenção e cuidado. mesmo com todo um processo constante e inevitável de hibridação de linguagens nos diversos campos da arte, o fazer…
Há um indivíduo soturno e sorumbático que ronda botecos e casas de shows má afamadas na cidade do Recife. É um estranho híbrido que mescla smurf ranzinza, Rob Fleming (o dono da loja de discos de Alta Fidelidade) e o Pateta de Walt Disney. Apesar de gostar de Matheus Mota e Ex-Exus, ele se sente excluído quando o jornalista Silvio Essinger do O Globo “descobre” a “nova”, velha, cena recifense do Desbunde Elétrico. Não é que esse personagem não goste…
Ontem à noite aconteceu a abertura do III Comúsica – Encontro Nacional de Pesquisadores em Comunicação e Música. O evento contou com programação extensa nessa quarta-feira, no Centro de Artes e Comunicação (CAC) da Universidade Federal de Pernambuco. O debate da mesa de abertura teve como tema “O papel da crítica jornalística e dos festivais na formação das cenas musicais”, e foi mediado por Thiago Soares (UFPB/Comúsica), com participação de Bruno Nogueira (Aeso/Abril pro Rock), Ana Garcia (Festival No Ar Coquetel Molotov), Ricardo…
o fazimento dessa escritura não deve ser científica, rígida (já que o seu objeto de estudo/análise se localiza, cartograficamente, no campo da arte). uma escritura que dialogue com seu objeto, que perpasse as sensações e pulsões da obra; que não tente conter ou catalogar desejos, mas que lhes empreste corpo, que lhes proporcione adensamento dar corpo musical-crítico é adentrar, habitar a obra é potencializar (caso haja) suas possibilidades inventivas através da ampliação do seu working space por que traduzir a…
Diálogos é uma série de conversas realizadas com personalidades pensantes. O texto de abertura é um papo que eu tive com o artista plástico, músico e designer, Daaniel Araújo. A ideia central do projeto é subverter os posicionamentos estabelecidos nas entrevistas usuais, em que o entrevistador faz as perguntas, mas não responde, e em que o entrevistado responde às perguntas roteirizadas pelo entrevistador, mas não pergunta. Dessa maneira, uma questão é lançada no início do debate para direcionar a conversação,…